7 de jun. de 2013

Palavras do Papa Francisco sobre a cultura do desperdício.

"Deus confiou aos homens e às mulheres o cultivo e o cuidado da Terra, para que todos pudessem habitar nela, mas o egoísmo e a "cultura do desperdício" levaram a descartar as pessoas fracas e necessitadas. Além disso, em muitas partes do mundo, a despeito da a fome e da desnutrição já existente, a comida é desperdiçada. Na narração evangélica da multiplicação dos pães, Jesus alimenta a multidão com cinco pães e dois peixes, e ao final pede aos seus discípulos que as sobras não sejam desperdiçadas. Quando a refeição é compartilhada de forma justa, ninguém carece do necessário. Os alimentos que são jogados no lixo são roubados da mesa dos pobres e dos os famintos. A ecologia humana e a ecologia ambiental são inseparáveis". Papa Francisco.

3 de mai. de 2013

Ministério do Trabalho e a Violência no Trabalho

O Ministério do Trabalho acena com a criação de um novo anexo à Norma Regulamentadora N° 16, que versa sobre condições e adicional de periculosidade no trabalho. O adicional de periculosidade nada mais é do que o pagamento ao empregado de uma porcentagem sobre seu salário, ou seja, é um valor devido ao empregado exposto a atividades periculosas, conforme especificado nesta referida NR. O novo anexo proposto cria mais um adicional para os trabalhadores com exposição permanente a roubo e outras espécies de violência física, neste caso aos profissionais de segurança física e patrimonial. Ora, somente essa categoria profissional está exposta a esses riscos? Vejo essa iniciativa como mais uma dessas políticas de bolsas e cotas, no caso uma "bolsa violência", ou seja, admite-se o risco, mas nada se faz para prevení-lo. Como este projeto de anexo está ainda em consulta pública, encaminhei ao comitê normativo o email abaixo com minhas considerações. "Prezados Senhores É com profundo desgosto que li esta proposta de criação do Anexo III da NR-16. Continuamos na contra-mão da prevenção ao criar esta "bolsa violência", ao invés de criamos programas educacionais e de tolerância zero contra a violência, como ocorre em vários países e organizações. Os senhores estão criando uma brecha para inúmeras ações legais de equiparação de risco e benefícios, por exemplo: a) quantos médicos peritos do INSS são vítimas de violência? b) quantos professores? c) quantos taxistas? d) quantos auditores fiscais? (principalmente no campo) e) quantos caixas do metrô ou cobradores e motoristas de ônibus? etc etc Todas essas atividades lidam diretamente com o público, como os seguranças patrimoniais. Estamos criando uma norma corporativista, na minha opinião. São sejamos ingênuos. Muitas empresas reduzem do salário base o valor da periculosidade e depois somam. Sou totalmente contra os pagamentos de adicionais. É uma prova da nossa incapacidade de promover a prevenção dos riscos. A segurança privada cresce no vácuo da segurança pública, que é dever do Estado." Att Marco A T Paffetti Eng de Segurança do Trabalho RG: 6742778-9

30 de abr. de 2013

"Se vocês perderem o contato com a natureza, perderão o contato com a humanidade. Se não houver relacionamento com a natureza, vocês se tornarão assassinos; então, matarão filhotes de foca, baleias, golfinhos e homens, quer pelo lucro, quer por "esporte", para obter alimento, ou para ampliar seus conhecimentos. Então, a natureza fica com medo de vocês, e perde a beleza. Vocês podem dar longas caminhadas nos bosques, ou acampar em lugares adoráveis, mas são matadores e, portanto, perderam a amizade da natureza. Provavelmente não se relacionam com coisa nenhuma, nem com suas esposas nem com seus maridos." (Diário de Krishnamurti, 04/04/1975)

8 de mar. de 2011

Projeto Rondon

Hoje eu estava fazendo uma faxina no escritório e achei uma velha pasta do Projeto Rondon. Que saudades!!
Pois é, em 1980, no mês de setembro, se não me engano, a Equipe Aruanã partiu para o Campus Avançado da Unicamp na cidade de Cruzeiro do Sul - AC. Minhas colegas eu, estudantes da Unicamp e PUCC, de várias áreas do conhecimento (Eng Química ,Enfermagem. Ed Física, Biblioteconomia, Biologia, Eng Agronômica, Serv. Social) ficamos 1 mês naquela cidade maravilhosa e com aquele povo carente mas acolhedor.
Sou enfático em afirmar que foram momentos marcantes na minha vida.
Conhecer uma realidade diferente, a amazônia, observar um céu estrelado que nunca tinha visto igual. Tudo isso fez com que meu amor por este país, pela sua natureza e seu povo ficasse mais forte.
Apesar de todas as mazelas do regime militar, pelo menos este programa tinha algo de bom e meritório. Até o pessoal do quartel do 7º BEC não se importava que cantássemos "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores" para eles, tal o sentimento de solidariedade e harmonia que reinava ali.
Prova disso era o fato de eu ser o violeiro e não ter sido preso. rsrs
Mas toda essa introdução serviu para que eu pudesse agora transcrever alguns mandamentos rondonianos. Encontrei este texto na pastinha e compartilho aqui com todos.
Creio que vale para todas as nossas atividades na vida. Leiam:

1. Devemos respeitar o próximo como ser humano;
2. Devemos evitar cortar a palavra de quem fala;
3. Controlando nossas reações agressivas, evitamos indelicadezas inúteis;
4. Às vezes o Representante da equipe não está presente no momento em que se faz necessário tomar uma decisão. Assumir o comando nesta hora é legítimo, mas o representante deve ser informado;
5. Devemos procurar conhecer a personalidade de todos os elementos do grupo para criar um bom convívio;
6. Não nos cabe assumir as responsabilidades atribuídas a outros, a não ser a pedido dele ou em caso de emergência;
7. Se a gente tenta localizar a causa da nossa antipatia, fica mais fácil, gostoso, conviver com as pessoas;
8. Um sorriso sempre ajuda;
9. O sentido da palavra ganha um significado especial numa discussão em grupo. Se a gente leva isso em consideração, evita mal entendimentos;
10. E se em plena discussão, a gente admitir que o outro pode ter razão? Os especialistas em relações humanas acham que essa possibilidade existe. Daí é bom a gente ter sempre uma boa dose de modéstia.

7 de nov. de 2010

Promessas, promessas...

Para que fique registradas neste pequeno blog algumas das várias promessas da nossa nova Presidente da República Federativa do Brasil. 

Para o Meio Ambiente:
a) Reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia.
b) Ter tolerância zero com desmatamento em qualquer bioma.
c) Incentivar o reflorestamento em áreas degradadas.
d) Antecipar o cumprimento da meta de reduzir as emissões dos gases do efeito estufa em 36% a 39% até 2020.
e) Dar prioridade à economia de baixo carbono, consolidando o modelo de energia renovável.
f) Considerar critérios ambientais nas políticas industrial, fiscal e de crédito.
Podemos incluir:
g) Universalizar o saneamento.

h) Investir R$ 34 bilhões em obras de abastecimento de água e saneamento básico.

Vamos esperar para ver...
Considero promessas vagas, ainda mais vindo da "mãe" do PAC.
Lembro que, recentemente, o IBAMA autorizou o desmatamento para a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, contrariando pareceres de seus próprios técnicos. 
Os fins justificam os meios ou os fins determinam os meios? 
Estamos numa encruzilhada ambiental que determinará como será o futuro de nossos descendentes.
A ONU lançou em agosto/2010 a década do combate à desertificação. Eu passei 1 mês no Acre em 1980. O solo Amazônico é pobre e arenoso. A floresta se auto-sustenta. Que o Brasil faça a sua parte.

Para a Paz
a) Continuar e ampliar o Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci), a Bolsa-formação e o Territórios da Paz
b) Ampliar a presença internacional do Brasil, defendendo a paz, a redução de armamentos e uma ordem econômica e política mais justa.

2010 marca o final da década  da cultura de paz. Neste período, a falta de políticas públicas, a falta de continuidade de projetos e a falta de divulgação pela mídia foram grandes obstáculos para a difusão dos conceitos da cultura de paz. Afinal, a violência dá IBOPE!
Não vejo o que a Presidente irá fazer de útil neste campo, visto que muitas de suas promessas estão centradas na Segurança Pública.
Segurança pública é uma obrigação do Estado. Pagamos impostos abusivos e não recebemos serviços à altura. Entretanto, a Segurança Pública não promove a Paz.  A Paz começa no espírito das pessoas e é fruto da justiça, da educação, da tolerância, da fraternidade.