1 de ago. de 2010

Código Florestal: Brasil na contramão da história

A constituição brasileira  de 1988, em seu art. 225 diz “ - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo, e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”


No momento em que o planeta sofre com as mudanças climáticas, com a contínua degradação de seus ecossistemas e outras agressões antrópicas; No momento em que as expressões sustentabilidade, produção mais limpa, ecoeficiência, culrura de paz... estão no dia a dia das sociedades, é com pesar que vejo nosso país andar na contramão da história mais uma vez.


Quero registrar aqui as palavras críticas de nosso presidente molusco no COP 15 - Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas:  "Confesso que estou um pouco frustrado porque discutimos a questão do clima e cada vez mais constatamos que o problema é mais grave do que nós possamos imaginar"


Pois é, Presidente, o problema é muito grave. Mais do que o problema do clima, temos a gravidade do problema moral e ético que assola o Brasil, seus governantes e seu povo.
Muito discurso vazio. Vazio por que as nossas ações não refletem o que é pregado. Refletem, isso sim, uma incoerência e falsidade tamanha.


Anistia a quem violou leis e desmatou as áreas que deveriam ser preservadas? Vergonha!!


Somos todos responsáveis por isso. Em cada votação realizada sem consciência e critério, em cada ação egoísta e gananciosa que cometemos na vontade de "levar vantagem", em cada omissão e negligência que agrava cada dia mais a nossa crise ética e moral.


Ah que saudade de Cruzeiro do Sul -AC, nos bons tempos do Projeto Rondon (1980). Como era linda a floresta, o rio Juruá, o povo simpático daquela cidade. Mais do que o estágio que serviu para a Universidade, naquele mês aprendi a amar a natureza deste país.


Quero que meus netos conheçam  a  Amazônia, a mata atlântica, nossa rica fauna, os rios, os peixes... e não um silencioso e monótono campo de soja ou um imundo e degradado pasto.  Quero que todos os netos deste planeta aprendam a amar a Mãe Terra e perdoe-nos, pois não sabíamos o que estávamos fazendo.