7 de nov. de 2010

Promessas, promessas...

Para que fique registradas neste pequeno blog algumas das várias promessas da nossa nova Presidente da República Federativa do Brasil. 

Para o Meio Ambiente:
a) Reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia.
b) Ter tolerância zero com desmatamento em qualquer bioma.
c) Incentivar o reflorestamento em áreas degradadas.
d) Antecipar o cumprimento da meta de reduzir as emissões dos gases do efeito estufa em 36% a 39% até 2020.
e) Dar prioridade à economia de baixo carbono, consolidando o modelo de energia renovável.
f) Considerar critérios ambientais nas políticas industrial, fiscal e de crédito.
Podemos incluir:
g) Universalizar o saneamento.

h) Investir R$ 34 bilhões em obras de abastecimento de água e saneamento básico.

Vamos esperar para ver...
Considero promessas vagas, ainda mais vindo da "mãe" do PAC.
Lembro que, recentemente, o IBAMA autorizou o desmatamento para a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, contrariando pareceres de seus próprios técnicos. 
Os fins justificam os meios ou os fins determinam os meios? 
Estamos numa encruzilhada ambiental que determinará como será o futuro de nossos descendentes.
A ONU lançou em agosto/2010 a década do combate à desertificação. Eu passei 1 mês no Acre em 1980. O solo Amazônico é pobre e arenoso. A floresta se auto-sustenta. Que o Brasil faça a sua parte.

Para a Paz
a) Continuar e ampliar o Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci), a Bolsa-formação e o Territórios da Paz
b) Ampliar a presença internacional do Brasil, defendendo a paz, a redução de armamentos e uma ordem econômica e política mais justa.

2010 marca o final da década  da cultura de paz. Neste período, a falta de políticas públicas, a falta de continuidade de projetos e a falta de divulgação pela mídia foram grandes obstáculos para a difusão dos conceitos da cultura de paz. Afinal, a violência dá IBOPE!
Não vejo o que a Presidente irá fazer de útil neste campo, visto que muitas de suas promessas estão centradas na Segurança Pública.
Segurança pública é uma obrigação do Estado. Pagamos impostos abusivos e não recebemos serviços à altura. Entretanto, a Segurança Pública não promove a Paz.  A Paz começa no espírito das pessoas e é fruto da justiça, da educação, da tolerância, da fraternidade.

1 de ago. de 2010

Código Florestal: Brasil na contramão da história

A constituição brasileira  de 1988, em seu art. 225 diz “ - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo, e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”


No momento em que o planeta sofre com as mudanças climáticas, com a contínua degradação de seus ecossistemas e outras agressões antrópicas; No momento em que as expressões sustentabilidade, produção mais limpa, ecoeficiência, culrura de paz... estão no dia a dia das sociedades, é com pesar que vejo nosso país andar na contramão da história mais uma vez.


Quero registrar aqui as palavras críticas de nosso presidente molusco no COP 15 - Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas:  "Confesso que estou um pouco frustrado porque discutimos a questão do clima e cada vez mais constatamos que o problema é mais grave do que nós possamos imaginar"


Pois é, Presidente, o problema é muito grave. Mais do que o problema do clima, temos a gravidade do problema moral e ético que assola o Brasil, seus governantes e seu povo.
Muito discurso vazio. Vazio por que as nossas ações não refletem o que é pregado. Refletem, isso sim, uma incoerência e falsidade tamanha.


Anistia a quem violou leis e desmatou as áreas que deveriam ser preservadas? Vergonha!!


Somos todos responsáveis por isso. Em cada votação realizada sem consciência e critério, em cada ação egoísta e gananciosa que cometemos na vontade de "levar vantagem", em cada omissão e negligência que agrava cada dia mais a nossa crise ética e moral.


Ah que saudade de Cruzeiro do Sul -AC, nos bons tempos do Projeto Rondon (1980). Como era linda a floresta, o rio Juruá, o povo simpático daquela cidade. Mais do que o estágio que serviu para a Universidade, naquele mês aprendi a amar a natureza deste país.


Quero que meus netos conheçam  a  Amazônia, a mata atlântica, nossa rica fauna, os rios, os peixes... e não um silencioso e monótono campo de soja ou um imundo e degradado pasto.  Quero que todos os netos deste planeta aprendam a amar a Mãe Terra e perdoe-nos, pois não sabíamos o que estávamos fazendo.









28 de mar. de 2010

Hora do Planeta 2010

Hora do Planeta 2010 - WWF

Tivemos mais um evento da Hora do Planeta numa demonstração simbólica pelo planeta e contra o aquecimento global.
Desliguei as luzes do meu apartemento no horário determinado: 20h30 e fiquei na sacada observando os prédios em volta. Uma decepção!
Pelo menos fiz a minha parte.
Mas não culpo os vizinhos. Culpo a falta de divulgação e interesse no assunto. A mídia foi omissa, o poder público foi omisso e muita gente que soube do evento não participou.
Uma pena.
Até quando vamos manter essa ilusão da separatividade? Até quando vamos nos alienar do que está ocorrendo em nossa volta?
Só temos esse mundo e ele precisa de nós e nós dele.
"Somos o centro do universo porque somos o seu significado" Amit Goswami

7 de fev. de 2010

Educação Poluída...

Dia 03-02-2010, quarta-feira, um dilúvio sobre São Paulo.
A Avenida Radial Leste parecia um rio com leito asfaltado.
Muito lixo boiando e entupindo bueiros.
E as pessoas não aprendem.
No outro dia mais lixo nas calçadas.
Por sorte não choveu muito forte.
Até quando vamos deixar de perceber que meio ambiente também é uma questão de cidadania?
Bate-se sempre na mesma tecla: Educação.
É...nossa educação está poluída...

1 de fev. de 2010

A Arte de Viver em Paz - Paz Com os Outros

Conceitos como "guerra justa" ou "lavar a honra" ainda encontram defensores pelo mundo afora. 
A carta da UNESCO declara , “a guerra começa na mente dos homens”. A Ciência Védica da consciência determina, além disto, que a guerra começa não na mente individual dos políticos ou dos generais, mas sim na consciência coletiva de sociedades inteiras.
Se despertarmos a paz dentro de nós, seremos aptos a viver em paz com os outros, isto é, com os familiares, os amigos, a vizinhança e assim por diante.
Pierre Weil cita as três modalidades de educação social para a paz:


1) A educação cultural para a paz;
Esta tarefa não é simples, pois temos conceitos enraizados em nossa consciência desde a infância.
Temos que difundir uma pedagogia da paz. Combater a forma como a violência é disseminada pela mídia e que contribui para tornar o mundo mais feroz.
Fomentar e formar bibliotecas dedicadas ao tema da paz; difundir uma história mundial da paz; educação empresarial e militar para a paz entre outras idéias.


2) A educação social para a paz;
Desde muito cedo na nossa infância, estamos estimulados a disputar vagas, prêmios, medalhas, lugares com os irmãos, os colegas de escola e depois de trabalho. Vivemos num mundo de competição que leva aos conflitos, violências e guerras
Se você quer contribuir para um mundo de paz, começa por examinar o quanto você mesmo se deixa levar por esta competição desenfreada, muitas vezes sem necessidade. Diminuindo a sua luta permanente pelo poder na família, no trabalho e até nos jogos esportivos ou não, você viverá mais em paz com os outros e poderá a sua contribuição para a paz social
.



3) A educação econômica para a paz.
Uma das maiores fontes de conflito e de violência é a disputa da posse de bens materiais, mais particularmente o dinheiro.

Também podemos considerar como motivo de perda da paz interior, toda preocupação exagerada pelo dinheiro, resultado de uma das emoções destrutivas já citadas, o apego e a possessividade.

Quem passa fome por não ter emprego ou por ter perdido o seu, tem um motivo bastante justificado de se preocupar em ganhar dinheiro. Para os excluídos, a necessidade de ganhar dinheiro é uma necessidade vital e fora de qualquer espécie de contestação.

O que estamos procurando apontar aqui, são os cidades que procuram desesperadamente, sem nenhuma razão objetiva, alcançar uma meta indefinida e vaga: tornarem-se ricos e poderosos; apontamos também os que já se encontram nesta situação e querem mais e cada vez mais, numa busca infinita.



Ref,. a) Weil, Pierre - A Arte de Viver em Paz. São Paulo:Editora Gente, 1993
b) http://www.pierreweil.pro.br/Novas/Novas-61b.htm

5 de jan. de 2010

A Arte de Viver em Paz - Paz Com a Natureza

Basta olharmos em volta, sentirmos os novos tempos e, com um pouco de sensibilidade, percebermos que alguma coisa não vai bem com nosso pequeno planeta.
A visão fragmentária da vida, a ilusão do separativismo, fez com que nos colocássemos apartados da natureza, como se não pertencêssemos a ela.
O fracasso da Conferencia de Copenhague é um sinal que não aprendemos a lição que nossa mãe Terra tem pacientemente nos passado ao longo do tempo. Está mais do que na hora de vivermos em paz com a natureza.

Pierre Weil fala de uma Pedagogia Ecológica que pretende sensibilizar o homem para o fato de que não há fronteiras reais entre a sua natureza e a do universo. É a mesma energia em formas distintas. Quando a humanidade se der conta desse fato, ela se empenhará na preservação do meio ambiente. Pois perceberá que, se não o fizer, estará matando os próprios descendentes, meninos e meninas que não suportarão a atmsofera poluida, os rios, lagos e oceanos mortos.

A arte de viver em paz com o meio ambiente consiste, então, em tornar o ser humano consciente de que ele é parte indissociável da natureza.